Por
Eloisa Mercuri
Armando
Puglisi nasceu em 1931, no bairro da Bela Vista, em São Paulo. Ele é o mais
conhecido morador do bairro e foi o principal divulgador do Bixiga. Criou o já
extinto Jornal do Bixiga,
foi diretor e presidente da escola de samba Vai-Vai e desfilava todos os anos
no Bloco dos Esfarrapados.
Sua influência com políticos da época trouxe ao bairro a evolução, com
capeamento, iluminação e geração de empregos.
Na casa
em que nasceu, na Rua dos Ingleses, ele criou o Museu Memória do Bixiga.
Todo o acervo foi doado pelos vizinhos e recolhido pelo próprio Armandinho. “Ele
trabalhou pelo bairro”, diz Ângelo Pellegrino Neto, nascido e criado no Bixiga,
e hoje responsável pelo museu.
Para homenagem o seu criador, existe uma sala especial contando sua trajetória e seus maiores feitos. "Temos aqui o uniforme que ele usou quando era diretor da Vai-Vai, a boina que ele adorava usar e um exemplar do jornal que ele criou", diz Ângelo. O museu atualmente passa por uma revitalização.
![]() |
Museu Memória do Bixiga (Crédito: Eloisa Mercuri) |
O bolo de
aniversário de São Paulo
Quem não conhece o famoso bolo de aniversário de São Paulo? Foi Armandinho que criou a tradição de comemorar a data com um bolo gigante, com um metro correspondente a cada ano que a cidade completava. A ideia surgiu em 1985 e continua até hoje, na Rua 13 de Maio. Após a sua morte, em 1994, a tradição foi mantida. Todo ano, às 5 horas da manha o bolo começava a ser montado e só ficava pronto por volta das 11 horas. Após a celebração e os parabéns, o bolo era cortado e distribuído para a população. O doce era devorado em 20 segundos, por esse motivo, evento foi cancelado por alguns anos.
Porém, no dia 25 de janeiro, quando São Paulo completou 458 anos, o bairro voltou a repetir. No princípio, o bolo era uma junção de vários bolos retangulares, confeccionados pelos próprios moradores em suas casas e untados com o mesmo glacê para dar a impressão de um só. Unidos sobre mesas acreditava-se que tinha a extensão do número do aniversário da cidade.
Depois a coisa foi ficando cara e complicada. O bolo passou a ser feito em cozinha industrial, mas continuou provocando muita polêmica pela balburdia que acontecia no final do “parabéns para você…”, quando todos avançavam no bolo. Isso contribuiu para o recesso e o retorno mais “civilizado” do evento.
Em 25 de janeiro de 2012, o bolo com o tamanho do aniversário da cidade ficou na imaginação. Os que foram ao Bixiga ganharam mini-bolos de pão-de-ló (de 300 gramas cada um), devidamente embalados, ofertados pelo Pastifício Renata, da cidade de Sumaré. Foram oito mil unidades.
Quem não conhece o famoso bolo de aniversário de São Paulo? Foi Armandinho que criou a tradição de comemorar a data com um bolo gigante, com um metro correspondente a cada ano que a cidade completava. A ideia surgiu em 1985 e continua até hoje, na Rua 13 de Maio. Após a sua morte, em 1994, a tradição foi mantida. Todo ano, às 5 horas da manha o bolo começava a ser montado e só ficava pronto por volta das 11 horas. Após a celebração e os parabéns, o bolo era cortado e distribuído para a população. O doce era devorado em 20 segundos, por esse motivo, evento foi cancelado por alguns anos.
Porém, no dia 25 de janeiro, quando São Paulo completou 458 anos, o bairro voltou a repetir. No princípio, o bolo era uma junção de vários bolos retangulares, confeccionados pelos próprios moradores em suas casas e untados com o mesmo glacê para dar a impressão de um só. Unidos sobre mesas acreditava-se que tinha a extensão do número do aniversário da cidade.
Depois a coisa foi ficando cara e complicada. O bolo passou a ser feito em cozinha industrial, mas continuou provocando muita polêmica pela balburdia que acontecia no final do “parabéns para você…”, quando todos avançavam no bolo. Isso contribuiu para o recesso e o retorno mais “civilizado” do evento.
Em 25 de janeiro de 2012, o bolo com o tamanho do aniversário da cidade ficou na imaginação. Os que foram ao Bixiga ganharam mini-bolos de pão-de-ló (de 300 gramas cada um), devidamente embalados, ofertados pelo Pastifício Renata, da cidade de Sumaré. Foram oito mil unidades.
Reportagem do bolo, com Walter Taverna, grande amigo de Armandinho (Créditos: Eloisa Mercuri) |
Walter Taverna, autoproclamado primeiro-ministro da “República do Bixiga” herdou de Armando Puglisi a responsabilidade pelo bolo. Foi o criador do hoje semi-abandonado "Museu de Memória do Bixiga". Eles foram muito amigos.
Taverna ainda continua morando no bairro, tem uma cantina, e realiza muitos projetos sociais na região.